O QUE É?
A Alopecia Areata (AA), também conhecida popularmente como “pelada”, é uma condição que atinge as áreas com cabelos e/ou pelos e pode afetar as diversas regiões do corpo, como o couro cabeludo, barba, sobrancelhas, cílios e o tronco, por exemplo.
Ela acomete de 1% a 2% da população, afeta ambos os sexos e todas as etnias. O distúrbio pode surgir em qualquer idade, embora a maioria dos casos seus portadores tenham menos de 20 anos.
CAUSAS
A principal causa da AA é a perda do privilégio imune que os folículos capilares possuem, desencadeando uma resposta inflamatória nos bulbos capilares, onde percebe-se a queda dos fios.
A doença normalmente é de início abrupto. Isso ocorre porque, varia de acordo com a predisposição genética e autoimune do indivíduo, além de fatores externos que atuam como gatilhos na progressão da condição.
O lado emocional, por exemplo, é considerado um fator importante e deve-se levar em consideração durante o diagnóstico visto que, pode ser fundamental para desencadeá-la em pessoas com essa suscetibilidade.
Além disso, outras doenças autoimunes podem estar diretamente ligadas alopecia areata, como: o vitiligo e lúpus eritematoso. Por isso é tão importante uma consulta médica para investigação de cada caso em específico.
SINAIS E SINTOMAS
O principal achado da alopecia areata é a perda dos cabelos em formato oval, em placas, como se fossem falhas, o que indica mais facilmente de qual das alopecias pode se tratar.
Apesar de não ser muito comum, em alguns casos podem ocorrer sintomas no couro cabeludo, como sensibilidade e prurido, causando incômodos para o paciente.
Também é comum observarmos sinais clínicos nas unhas, como Pitting ungueal e Traquioniquia, por exemplo.
TIPOS DE ALOPECIA AREATA
Placas
É considerada a mais comum dentre elas e a queda dos fios ocorre em áreas restritas e bem delimitadas. Pode ocorrer em placa única ou em múltiplas placas. Comumente observadas no couro cabeludo e na barba.
Ofiásica
Subtipo em que a perda de cabelo se desenvolve de forma simétrica, em faixa e acomete principalmente região occipital, parietal podendo chegar até região parietal.
Total
Esse tipo de apresentação é caracterizado pelo acometimento total ou quase total de todo o couro cabeludo, fazendo com que o indivíduo tenha uma perda completa dos fios de cabelo.
Universal
É quando ocorre a queda dos pelos completa ou quase total de todos os pelos do corpo.
DIAGNÓSTICO
Na grande maioria das vezes, uma boa anamnese e um exame físico e tricoscópico de qualidade é suficiente para o diagnóstico deste tipo de alopecia.
Na tricoscopia, comumente observamos pontos amarelos e pretos, pelos velos, de recrescimento e quebrados.
O teste do puxão (pull test) é positivo na grande maioria das vezes, o que nos faz inferir que há uma queda ativa das hastes capilares.
Todavia, existem casos em que a biópsia se faz necessária.
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TRATAMENTO
O tratamento deve ser individualizado. Tudo depende do tipo da AA, da área acometida e da intensidade inflamatória que o local apresenta. Mas, o principal objetivo do tratamento é fazer com que esse processo inflamatório, que está acometendo os bulbos capilares, seja inibido e o recrescimento dos fios volte a acontecer.
Um dos tipos de tratamento mais comuns e aceitos na comunidade médica é o uso de corticosteroides de média ou alta potência, de forma tópica ou intralesional através de infiltração. Outras modalidades de tratamento também podem ser utilizadas, como os Inibidores de Calcineurina e o Minoxidil, por exemplo.
Em casos mais graves e extensos, o uso de medicamentos orais podem ser as opções mais indicadas.
CASOS CONHECIDOS
Alguns casos ficaram conhecidos nos últimos anos. Um deles, acontece com a atriz Jada Pinkett Smith que sofre da condição. O caso de Jada ganhou conhecimento quando a norte-americana foi alvo de uma “brincadeira” de mau gosto, durante a premiação do Oscar ao final de março 2022.
O outro aconteceu mais recentemente, com a influenciadora digital, Virginia Fonseca. A mineira relatou o acontecido em paralelo ao lançamento de sua linha de maquiagem.
LEMBRE-SE!
Muitos desses e outros tratamentos podem ser contraindicados para algumas pessoas. Entre elas, mulheres, gestantes e lactantes. Desta forma, você NUNCA deve se automedicar!
Procure um médico especializado para te auxiliar e indicar as melhores opções de tratamento para o SEU CASO. Sempre de forma única e exclusiva, de acordo com as suas necessidades.
MARQUE JÁ SUA CONSULTA!
Dr. Éric Aguiar
Médico – Responsável Técnico
CRM-RJ: 123519-2